“the poem doesn’t have stanzas, it has a body, the poem doesn’t have lines,/ it has blood, the poem is not written with letters, it’s written/ with grains of sand and kisses, petals and moments, shouts and/ uncertainties.”

José Luis Peixoto
Time Neutral

Explore This Quote Further

Quote by José Luis Peixoto: “the poem doesn’t have stanzas, it has a body, th… - Image 1

Similar quotes

“one day, when tenderness has become the single rule of the morning,/ I will wake in your arms. perhaps your skin will be overly gorgeous./ and the light will include the impossible understanding of love.”


“Beyond the clouds, above people, beneath the skin, inside people, we’re waiting for you. We see you now, as you read. We’ll see you when you stop thinking about these words. Above and inside your face, we know your secrets. We know what you hide from yourself. You can’t escape us. We hold your heart in the palm of our hand. If we like, we can squeeze it. If we like, we can crush it. There’s nothing you can do to stop us. Our gaze notices your every single move and your every single word. Say a word now. Make a move. We smile at your words, as we smile at your silence. No one will be able to protect you. No one can protect you now. You’re even less than you imagine. We’ve seen a thousand generations of men like you. It was our pleasure to let them walk on the lines of our hands. It was our pleasure to take everything away from them. We guided entire generations of men through tunnels we built that led nowhere. And when they arrived at nothing, we smiled. You’re just like them. We’re waiting for you above and inside your face. Continue on your way. Follow that line of our hand. We know where that tunnel you walk through will end. Keep on walking. We see you and smile. Beyond the clouds, we are fear. Beneath the skin, we are fear.”


“há certos movimentos que apenas são possíveis depois do início da primavera. Durante a invernia, o corpo esquece-os, mingua, endurece como as árvores. Em maio, o corpo recorda esses movimentos, julga reaprendê-los e, ao fazê-lo, redescobre a sua verdadeira natureza.”


“Ao fixar o reflexo dos meus olhos no espelho, já me pareceu muitas vezes que está outra pessoa dentro deles. Observa-me, julga-me, mas não tem voz para se exprimir. Será talvez eu com outra idade, criança ou velho: inocente, magoado por me ver a destruir todos os seus sonhos; ou amargo, a culpar-me pela construção lenta dos seus ressentimentos. Seria melhor se tivesse palavras para dizer-me, mas não. Só aquele olhar lhe pertence. É lá que está prisioneiro.”


“Eu estava no desconhecido.Guardamos os segredos ao lado de tudo o que não dizemos. Nesse grande sotão escuro há de tudo, há aquilo que não dizemos porque temos medo, porque temos vergonha, porque não somos capazes; há aquilo que não dizemos porque desconhecemos, ignoramos mesmo, apesar de estar lá, em nós. Os segredos são assim. Eles estão lá, podemos visitá-los, assistir a eles, sabemos as palavras exactas para dizê-los e, muitas vezes, temos tanta vontade de contá-los. Mas escolhemos não o fazer.Os segredos estão dento de nós. Como tudo o que sabemos, também os segredos nos constituem. Quando os seguramos, quano somos mais fortes e os contemos, alastram-se em nós.Desde dentro, chegam à nossa pele. Depois, avançam até sermos capazes de os distinguir à nossa volta. E, no silêncio, somos capazes de os reconhecer. Então, nesse momento, já não são apenas os segredos que estão dentro de nós, somos também nós que estamos dentro dos segredos.”


“É tão fácil comparar a vida a uma viagem. Faz tanto sentido.Viagem ou vida, chegamos sempre aqui. Como se estivéssemos no alto de uma montanha, podemos olhar em volta. Aqui é o lugar onde tudo acontece. Há serenidade nesta certeza. Tens o dever livre de aproveitá-la.Se estás a ler estas palavras é porque estás vivo.”