“Para mim, estar inocente significa não se ter nascido ou estar-se morto. Admito isto, estou pronto a reconhecer que há muitas espécies diferentes de culpa: uma culpa mais inocente do que a da maioria, e uma mais carregada, uma que transborda do sentimento da falta e outra que corre apenas gota a gota.”

Stig Dagerman
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“...aspirava a uma paz que só a inocência na solidão pode proporcionar, a paz de um solitário inocente, que não abandonou nem traiu ninguém para estar só, um solitário que se conserva à margem do sangue e do sofrimento, sem que lhe possam ser pedidas contas.”


“Afinal, o que seriam mais umas horas sem a admissão de culpa do homem? Uma gota no oceano.”


“Os pensamentos que zoam no meu crânio são locatários de uma noite, meia dúzia de pares sem casa num ninho de amor passageiro, o fragor do guindaste da draga virá igualizar tudo, os momentos de deliciosa angústia do meu coração são roubados à sociedade de armadores que me emprega”


“...de vermos qualquer coisa de sólido em vez deste vazio pavoroso neste espaço cuja extensão atroz nunca ousámos imaginar enquanto vivíamos no nosso buraco, porque é como um poço sem fundo; debruçamo-nos cada vez mais, a tal ponto que acabamos por cair, e uma vez caídos, continuamos a cair toda a vida sem termos outra coisa para viver além dessa queda sem fim, até ao dia em que morremos em plena queda sem jamais chegarmos a atingir fundo algum, porque somos aniquilados durante a nossa própria queda e devorados pelo vazio depois de termos desesperadamente tentando dar-lhes sentido esforçando-nos para chegar ao fundo”


“Morrer é quando há um espaço a mais na mesa afastando as cadeiras para disfarçar, percebe-se o desconforto da ausência porque o quadro mais à esquerda e o aparador mais longe, sobretudo o quadro mais à esquerda e o buraco do primeiro prego, em que a moldura não se fixou, à vista, fala-se de maneira diferente esperando uma voz que não chega, come-se de maneira diferente, deixando uma porção na travessa de que ninguém se serve, os cotovelos vizinhos deixam de impedir os nossos e faz-nos falta que impeçam os nossos”


“Afinal de contas há coisas que, por mais que se tente usar uma voz agradável e umas palavras dóceis, são inalteráveis. A verdade é o que é! E há verdades que não podem ser adoçadas.”