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Rosa Lobato de Faria

ROSA LOBATO DE FARIA nasceu em Lisboa, a 20 de Abril de 1932. Estreou-se nas letras com o volume de poemas Os Deuses de Pedra (1983), tendo publicado depois As Pequenas Palavras (1987), Memória do Corpo (1992) e A Gaveta de Baixo (1999). Ficcionista, publicou O Pranto de Lúcifer (1995), Os Pássaros de Seda (1996), Os Três Casamentos de Camila S. (1997), Romance de Cordélia (1998), O Prenúncio das Águas (2000, Prémio Máxima de Literatura), A Trança de Inês (2001), O Sétimo Véu (2003), A Flor do Sal (2005), A Alma Trocada (2007), A Estrela de Gonçalo Enes (2007), As Esquinas do Tempo (2008) e Vento Suão (obra póstuma, 2010). Publicou ainda a peça de teatro Sete Anos – Esquemas de um Casamento (2002), vários volumes infanto-juvenis e colaborou nas revistas O Autor, O Mundo Feminino e Máxima. Faleceu em Lisboa, a 2 de Fevereiro de 2010. Foi condecorada pela Presidência da República, a título póstumo, com o Grande-Oficialato da Ordem do Infante D. Henrique, em 2010.


“Tenho pensado que a arte é o lugar mais próximo desse desconhecido que nos atormenta e se fecharmos a alma ao visível conseguimos abri-la a outras dimensões. Parece haver em nós uma memória de outros lugares, doutras realidades, fala-se em déjà vu, naquele inquietante já estive aqui, mas só o artista pode captar alguma coisa dessa estranha emoção nas suas telas, nos seus textos, nas suas composições musicais.”
Rosa Lobato de Faria
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“É sabido que na infância o tempo não passa, na adolescência demora-se, na idade adulta corre, na velhice precipita-se.”
Rosa Lobato de Faria
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“Conforta-me pensar que a vida não começa nem acaba aqui. Um dia regressaremos ao lugar de onde viemos, um lugar de repouso e de paz, um lugar livre de mágoas. Mas quantos lugares de dor teremos de atravessar para alcançá-lo? Quanta tristeza, quanto sofrimento, quanta crueldade no destino do Homem! E se o mundo é repleto de maravilhas é só para não perdermos de vista a morada original, que nos aguarda ao fim dos nossos doze trabalhos de Hércules, e a que os poetas e os místicos chamam paraíso e eu chamo, simplesmente, amor. As guerras fazem-se para alcançar a paz, ensinaram-nos durante séculos. (...)O sofrimento serve para alcançar a bem-aventurança, invento eu, para não morrer de desespero.”
Rosa Lobato de Faria
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“Foi mais uma tarde de loucura e de sonho e, fosse qual fosse a faixa do tempo em que se encontrassem, sentiram-se, como todos os amantes, fora de qualquer espaço e de qualquer tempo. Fizeram um amor sagrado, um amor profano, um amor devoto, um amor transgressor, um amor nómada, um amor sedentário, um amor viajante, um amor de bichos, um amor de deuses."Um homem precisa de liberdade para depois apreciar o conforto da casa.”
Rosa Lobato de Faria
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