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Sérgio Santos

Mestre Sérgio Santos formou-se como Instrutor de Yôga em 1984 através da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais e União Nacional de Yôga, sob a supervisão do Mestre DeRose. Realizou mais de oitocentos cursos de aprimoramento em sua respectiva área por todo o Brasil, Índia e em vários outros países. Obteve o título de Mestre em 1996 pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Adquiriu Notório Saber em 2003 pela Universidade Federal do Pará. Atuou como Presidente da Federação de Yôga do Estado de Minas Gerais entre 1989 e 2011. Já escreveu e publicou três obras: Yôga, Sámkhya e Tantra; Escala Evolutiva; e, A Força da Gratidão, Pújá. Atualmente, dirije a Associação dos Profissionais de Yôga da Savassi, ministrando cursos de aperfeiçoamento e workshops sobre qualidade de vida, bem como aulas regulares em grupo e personal training.


“Segundo os Shastras tradicionais, o Mestre é para o discípulo, pai, mãe e Íshwara (que significa Senhor, representa o arquétipo e, em certo sentido é a divindade eleita para o culto particular). Numa era de contestação e irreverência, tal afirmação não é nada modesta. Hoje está na moda construir frases de efeito ou emitir conceitos que façam média com o leitor. Conceitos demagógicos para cativar a opinião pública. Entretanto, as escrituras hindus não estavam preocupadas com isso e não estavam brincando quando colocaram muito claramente a posição do Mestre e do discípulo.Sendo uma filosofia do Oriente e da antiguidade, o Yôga não faz por menos: o discípulo deve total respeito, obediência, amor e fé ao seu Mestre. Caso contrário, não tem capacidade de ser discípulo nem o direito de chamar a alguém de Mestre, conforme diz a Maitrí Upanishad: “Esta ciência absolutamente secreta só deve ser ensinada a um filho ou a um discípulo totalmente devotado ao seu Mestre”.Para aquele que não souber aprender, ninguém será um Mestre competente, já que a incompetência não estará no ensinar, mas no aprender. Para aquele que aceita as normas do discipulado, o Mestre escolhido sempre é bom, pois tal discípulo está com o siddhi do aprendizado plenamente desenvolvido e aprenderá mesmo que nada seja dito, bastando a proximidade física do Mestre, o qual atua como catalisador. Por isso é importante visitar o Mestre com freqüência.Por que a proximidade física é tão importante, se o Yôga é fundamentalmente subjetivo e domina tão espetacularmente as dimensões paranormais? É porque ocorre um fenômeno denominado nyása, uma espécie de osmose, no qual, o discípulo que reúna as qualidades indispensáveis, assimila parte do conhecimento e o poder do seu Mestre através do simples convívio. Para ele, o Mestre é um catalisador vivo da força e da sabedoria que já estavam presentes no íntimo do próprio discípulo. Esse convívio é tão mais importante na medida em que é através dele que serão realizados o Guru Sêva, o Parampará e o Kripá Guru, três das mais sagradas tradições do Yôga no que se refere às relações Mestre/discípulo.Ao escolher o seu Mestre você deve aceitá-lo, acatá-lo e reconhecê-lo definitivamente e sem reservas. Não cabe da sua parte nenhuma dúvida ou questionamento. Se você não tem essa capacidade, não está a altura de ter um Mestre e vai ficar estagnado sem aprender nada profundo, nada que seja realmente Yôga. Ao que, por outro lado, tem essa capacidade no seu mais alto grau, esse consegue aprender, mesmo à distância, pois cada vez que realizar um pújá sincero, entra em sintonia interior e o Mestre fala diretamente ao seu coração, fora do tempo e do espaço. Dessa forma, pode compensar parcialmente a falta da tão importante presença física.”
Sérgio Santos
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