“Se tal vier a acontecer, a única conclusão lógica a extrair de tudo quanto se viu até agora, é que, afinal, a viagem não valeu a pena. O que, por outro lado, seria, ou será, uma maneira demasiado simplificada de encarar a questão, pois nenhuma viagem é ela só, cada viagem contém uma pluralidade de viagens, e se, aparentemente, uma delas parece apresentar tão pouco sentido que nos sentimos autorizados a sentenciar, Não valeu a pena, mandaria o senso comum, se por preconceito e preguiça o não obliterássemos tantas vezes, que verificássemos se as viagens de que aquela foi conteúdo ou continente não serão valiosas bastante para terem, afinal, valido a pena e as penas. Todas estas considerações reunidas nos aconselham a suspendermos os juízos definitivos e outras presunções. As viagens sucedem-se e acumulam-se como as gerações, entre o neto que foste e o avô que serás, que pai terás sido, Ora, ainda que ruim, necessário”