“Perguntou-me, depois, se eu não estava interessado em uma mudança de vida. Respondi que nunca se muda de vida; que, em todo caso, todas se equivaliam [...]. Quando era estudante, tinha muitas ambições desse gênero. Mas quando tive de abandonar os estudos compreendi muito depressa que essas coisas não tinham real importância.”

Albert Camus

Albert Camus - “Perguntou-me, depois, se eu não estava...” 1

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“Mas não consegue evitar a memória, essa mesa de montagem onde a vida se desfoca até fazer um sentido estranho ao que o filme tinha quando era somente vida.”

Inês Pedrosa
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“Os meus olhos deviam ter a mesma expressão nos últimos anos, mas nunca notei. Bem que me olhava no espelho para ver que cara a pessoa tem quando sofre muito, mas era sempre o meu rosto. Cada vez mais achava que devia ter mudado muito, não se podia ser a mesma depois de tanta coisa, de tanta dor. Contudo, era eu.”

Lya Luft
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“(...) o peso da dor nada tem que ver com a qualidade da dor. A dor é o que se sente. Nada mais. Desisto definitivamente de me iludir com a minha força de adulto sobre o peso de uma amargura infantil. Exactamente porque toda a vida que tive sempre se me representa investida da importância que em cada momento teve. Como se eu jamais tivesse envelhecido. Exactamente porque só é fútil e ingénua a infância dos outros - quando se não é já criança.”

Vergílio Ferreira
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“- Não sei se interprete as suas palavras como um galanteio, se não - replicou Scarlett, indecisa.- Não se trata de nenhum galanteio - explicou ele. - Quando é que perderá essa mania de imaginar galanteios em todas as palavras que os homens lhe dirigem?- Só depois de morta - respondeu ela.E sorriu, pensando que encontraria sempre homens que lhe dirigissem piropos, mesmo que Rhett nunca o fizesse.- Presunção e água benta cada qual toma a que quer - comentou Rhett. - Graças a Deus, tem ao menos uma virtude: a de ser sincera.”

Margaret Mitchell
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“Pela primeira vez, Mattia envergonhou-se de aos vinte e dois anos de idade ainda não ter carta de condução. Era outra das coisas que havia deixado para trás, outro passo óbvio na vida de um rapaz que ele escolhera não dar, para se manter o mais possível fora da engrenagem da vida. Como comer pipocas no cinema, como sentar-se nas costas de um banco, como não respeitar a hora de entrada em casa imposta pelos pais, como jogar futebol com uma bola de estanho enrolada ou estar de pé, nu, em frente a uma rapariga. Pensou que a partir daquele dia tudo seria diferente. Decidiu que ia tirar a carta de condução o mais depressa possível. Fá-lo-ia por ela, para a levar a passear. Porque tinha medo de o admitir, mas quando estava com ela parecia que valia a pena fazer todas as coisas normais que as pessoas normais fazem.”

Paolo Giordano
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