“«Que diferença de Lisboa. Não se pode viver numa cidade sem passado.»”
“Um homem não pode regressar. Ele pensa que sim, mas outras coisas se passaram na sua vida. Tem novas ideias, novos amigos e novas ligações. Não pertence ao seu passado, excepto pelo facto de que o passado terá deixado, talvez, marcas nele.”
“Não se pode confiar numa pessoa que nutr uma fé inabalável pelas aparências, e naquelas que se estão a borrifar, acabas por confiar demasiado.”
“Isso não é amor. Eu já estive apaixonado, mas isso não é a mesma coisa. Não se trata de um sentimento meu, mas de uma força exterior que se apoderou de mim. Veja, eu fugi porque decidi que tal coisa não poderia acontecer, entende, como uma felicidade que não pode existir na terra; mas lutei contra mim mesmo e vejo que sem isso não existe vida.”
“O que é que se pode fazer por alguém que desistiu de viver, que deixou de acreditar? Talvez a gente só morra quando deixa de acreditar.”
“Eis uma coisa curiosa acerca do passado: a forma como jaz à nossa espera, silencioso, invisível, quase como se ali não estivesse. Podemos ter a tentação de julgar que desapareceu, que já não existe. De repente, como um faisão espantado para fora do seu esconderijo, erguer-se-á numa explosão de som, cor e movimento: escandalosamente vivo.”