“Tanto ruído no interior deste silêncio: são as vozes dos outros a falarem em mim, pessoas de quem gostei, pessoas que perdi, gente que tenho ainda.”

António Lobo Antunes

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“Coitados, pensavam que eu gostaria de ler histórias de pessoas sem contrastes, em que os bons são sempre bons e os maus sempre maus, e a bondade e a maldade se acham divididas por uma muralha da China bem definida, e ainda bem, para sabermos de que lado convém estar.”


“Lembro-me de outro, um rapaz novo em estado terminal : se nos aproximávamos tirava um pente do bolso do pijama e compunha o cabelo.(…)Se lhe dissesse isto não acreditava: desde quando um camponês é melhor que um doutor? Tínhamos a mesma idade, mais coisa menos coisa. A diferença é que você era um homem e eu um palerma de bata. Não tenho bata há muito.”


“Morrer é quando há um espaço a mais na mesa afastando as cadeiras para disfarçar, percebe-se o desconforto da ausência porque o quadro mais à esquerda e o aparador mais longe, sobretudo o quadro mais à esquerda e o buraco do primeiro prego, em que a moldura não se fixou, à vista, fala-se de maneira diferente esperando uma voz que não chega, come-se de maneira diferente, deixando uma porção na travessa de que ninguém se serve, os cotovelos vizinhos deixam de impedir os nossos e faz-nos falta que impeçam os nossos”


“«Que diferença de Lisboa. Não se pode viver numa cidade sem passado.»”


“e não existe um só pilar de granito a impedir-me de partir.”


“Whenever anyone declares having read a book of mine I am disappointed by the error. That’s because my books are not to be read in the sense usually called reading: the only way it seems to me to approach the novels that I write is to catch them in the same manner that one catches an illness.”