“Estava a viver apenas metade em Gion, a outra metade de mim vivia nos meus sonhos de regressar a casa. É por isso que os sonhos podem ser coisas tão perigosas; continuam acesos mesmo sem chama, e às vezes consomem-nos completamente”

Arthur Golden

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“Dormiu sem o saber, mas sabendo que continuava viva no sono, que lhe sobrava metade da cama e que estava deitada de costas do lado esquerdo, como sempre, mas que lhe fazia falta o contrapeso do outro corpo no outro lado. Pensando em sonhos, pensou que nunca mais poderia dormir assim e, em sonhos, começou a soluçar sem mudar de posição no seu lado, até muito depois de terem acabado de cantar os galos, e acordou-a o sol indesejável da manhã sem ele.”


“ (…) Senti saudades, não do passado, mas dum futuro qualquer, tão longe, tão lá no fundo, tão sonho, tecido apenas de pequenas coisas doces, num mundo menos pesado de cadáveres, sem outro heroísmo que não fosse o de vivermos teimosamente todos os dias e, sobretudo, sem a horrível morte colectiva a substituir a boa, a individual, a sagrada morte de cada um. (…)Assim cogitei toda a tarde, no oitavo dia do mês de Maio de mil novecentos e quarenta e cinco, data em que findou a segunda guerra mundial, no meio de vivas e de bandeiras de triunfo, e em que tentei, em vão, resignar-me ao mundo dos outros e às montras de enchidos de porco, - sem estrelas reflectidas nos vidros.”


“O que há de mais reles nos sonhos é que todos os têm.”


“As palavras em si mesmas não são nada. São apenas letrinhas agrupadas ou um monte de sons combinados de uma certa maneira, mas que não fazem nenhum sentido por si mesmos. É a gente que dá sentido às palavras. Está tudo em nossa cabeça, nos pequenos detalhes de como as coisas funcionam dentro dela. É só uma questão de como as coisas se processam no cérebro de uma pessoa e de outra, entende?”


“Sem indivíduos, vemos apenas números: mil mortos, cem mil mortos, «as mortes podem chegar a um milhão». Com as histórias individuais, as estatísticas transformam-se em pessoas - mas até isso é mentira, pois as pessoas continuam a sofrer em números que são, em si mesmos, entorpecedores e desprovidos de significado.”


“... agora sei que o nosso mundo não e mais permanente do que uma onda a erguer-se no oceano. E quaisquer que sejam as nossas lutas e triunfos, como quer que os possamos sofrer, muito rapidamente se dissolvem todos numa aguada, como tinta de pintar no papel”