“E agora tinha a certeza de uma coisa vislumbrada ao princípio (...) que não há dois livros iguais porque nunca houve dois leitores iguais. E que cada livro lido é, como cada ser humano, um livro singular, uma história única e um mundo à parte.”
“Sam, há dois anos, não fazia qualquer ideia de como era o mundo há minha volta. Não sabia o que tu eras. Não sabia que existiam fadas a sério. Não poderia ter imaginado nada disso. - Abanei a cabeça. - Que mundo este, Sam. É maravilhoso e assustador. Cada dia é diferente. Nunca pensei que teria uma vida e agora tenho.”
“É claro que não há um único gene, mas há algo infinitamente mais enaltecedor e magnífico: toda uma naturza humana, flexivelmente pré-ordenada em nossos cromossomos e indiossincrática de cada um de nós. Todo mundo tem uma única e distina natureza endógena. Um self.”
“Os livros de física podem ser complicados, mas eles, assim como os carros e os computadores, são produtos de objetos biológicos - cérebros humanos. Os objetos e os fenômenos que um livro de física descreve são mais simples que uma única célula do corpo de seu autor. E o autor consiste em trilhões de células, muitas delas diferentes umas das outras, organizadas com arquitetura intrincada e engenharia de precisão para formar uma máquina capaz de escrever um livro.”
“Ao fim e ao cabo, o que era um livro para mim? Na verdade, o que é que isso interessava? Um dia teria todos os livros do mundo, prateleiras e prateleiras cheias deles. Viveria numa torre de livros. Leria durante todo o dia e comeria pêssegos.”
“Ler é um acto de amor. Se o leitor não for um amante, se o escritor for um proxeneta, os livros entregar-se-ão sem paixão e sem ternura, cobrarão o seu preço (e que terríveis e fastidiosos preços os livros podem cobrar!) e esquecerão um e outro. Um dos piores crimes praticados contras os livros é obrigarmo-nos a lê-los.”