“(...)mais que o cinema ou a televisão, os romances permitiam viver coisas para as quais uma vida só não bastava.”
“(...)nuca antes tinha pensado que um pessoa conseguisse projectar-se com uma tal intensidade no que lia, de modo a que leitor e protagonista fossem um só.”
“Os livros são portas que te levam para a rua (...). Com eles aprendes, educas-te, viajas, sonhas, imaginas, vives outras vidas e multiplicas a tua por mil. Quem te oferece mais por menos (...)? E também servem para manter à distância muitas coisas negativas (...) Às vezes interrogo-me como conseguem superar as coisas, aquelas [pessoas] que não lêem.”
“E agora tinha a certeza de uma coisa vislumbrada ao princípio (...) que não há dois livros iguais porque nunca houve dois leitores iguais. E que cada livro lido é, como cada ser humano, um livro singular, uma história única e um mundo à parte.”
“Sabe qual é o problema? Encontramo-nos na última de três gerações que a História tem o capricho de repetir de quando em quando. A primeira precisa de um Deus, e inventa-o. A segunda ergue templos a esse Deus e tenta imitá-lo. E a terceira utiliza o mármore desses templos para construir prostíbulos onde adorar a sua própria cobiça, a sua luxúria e a sua baixeza. E é assim que aos deuses e aos heróis sucedem sempre, inevitavelmente, os medíocres, os cobardes e os imbecis.”
“-Nos hacemos fotos, no con el objeto de recordar, sino para completarlas después con el resto de nuestras vidas. Por eso hay fotos que aciertan y fotos que no. Imágenes que el tiempo pone en su lugar, atribuyendo a unas su auténtico significado, y negando otras que se apagan solas, igual que si los colores se borraran con el tiempo.”
“El mundo nunca supo tanto de sí mismo y de su naturaleza como ahora, pero no le sirve de nada. Siempre hubo maremotos, fíjese. Lo que pasa es que antes no pretendíamos tener hoteles de lujo en primera línea de playa... El hombre crea eufemismos y cortinas de huo para negar las leyes de la naturaleza. También para negar la infame condición que le es propia. Y cada despertar le cesta los doscientos muertos de un avión que se cae, los doscientos mil de un tsunami o el millón de una guerra civil.”