“Internet, jogos de video, computadores, são úteis, mas tâm destruído algo inviolável: a infância. Onde está o prazer do silência? Onde está a arte da observação? Onde está a inocência? Angustia-me que o sistema esteja a gerar crianças insatisfeitas e ansiosas. Fortes candidatas a serem doentes psiquiátricos e não seres humanos felizes e livres.”
“A infância não vai do nascimento até certa idade,e a certa altura a criança está crescida,deixando de lado as coisas de criança.A infância é o reino onde ninguém morre.”
“- (...) Só falou nisso de a Vida ser um jogo e assim. Sabe como é.- A Vida é um jogo, meu rapaz. A Vida é um jogo que se joga seguindo as regras.- Pois é, senhor professor. Eu sei que é. Eu sei.Um jogo, uma ova. Raio de jogo. Se calhamos do lado onde estão todos os craques, está bem que é um jogo... Concordo que é. Mas se calhamos do outro lado, onde não há craques nenhuns, então onde é que está o jogo? Nada. Jogo coisa nenhuma.”
“Ora, a solidão, ainda vai ter de aprender muito para saber o que isso é, Sempre vivi só, Também eu, mas a solidão não é viver só, a solidão é não sermos capazes de fazer companhia a alguém ou a alguma coisa que está dentro de nós, a solidão não é uma árvore no meio duma planície onde só ela esteja, é a distância entre a seiva profunda e a casca, entre a folha e a raiz, Você está a tresvariar, tudo quanto menciona está ligado entre si, aí não há nenhuma solidão, Deixemos a árvore, olhe para dentro de si e veja a solidão, Como disse o outro, solitário andar por entre a gente, Pior do que isso, solitário estar onde nem nós próprios estamos.”
“Esse amor sem fim, onde andará?Que eu busco tanto e nunca estáE não me sai do pensamentoSempre, sempre longeEsse amor tão lindo que se escondeNos confins do não sei ondeVive em mim além do tempoLonge, longe, onde?Por que não me surges nessa horaComo um solComo o sol no marQuando vem a auroraEsse amor que o amor me prometeuE que até hoje não me deuPor que não está ao lado meu?Esse amor sem fim, onde andará?Esse amor, meu amor,Onde andará?”
“Pensando nas estrelas noite após noite começo a perceber que 'As estrelas são palavras' e todos os incontáveis mundos da VIa Láctea são palavras, e esse mundo também o é. E percebo que não importa onde eu esteja, seja em um quartinho repleto de ideias ou nesse universo infinito de estrelas e montanhas, tudo está na minha mente. Não há necessidade de solidão. Por isso, ame a vida pelo que ela é e não forme ideias preconcebidas de espécie alguma em sua mente.”