“Era um dos efeitos colaterais da juventude: sair da inocência e ingenuidade da infância e cair na alienação umbigocêntrica daquela fase em que acreditamos que já somos adultos. Mas é somente isso, achismo e autoengano. Ainda há um longo caminho pela frente e muito a aprender. Muito mesmo.”

Camilo Gomes Jr

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“No tempo em que éramos felizes não chovia. Levantávamo-nos¬ juntos, abraçados ao sol. As manhãs eram um céu infinito. O nosso amor era as manhãs. No tempo em que éramos felizes o horizonte tocava-se com a ponta dos dedos. As marés traziam o fim da tarde e não víamos mais do que o olhar um do outro. Brincávamos e éramos crianças felizes. Às vezes ainda te espero como te esperava quando chegavas com o uniforme lindo da tua inocência. Há muito tempo que te espero. Há muito tempo que não vens.”

José Luis Peixoto
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“Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.”

Fernando Teixeira de Andrade
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“O que é sensível tem de morrer pelo fogo, qual borboleta frágil da noite. E é por isso, diz Erika Kohut, que estes dois seres doentes à mais alta escala, isto é, Schumann e Schubert, irmanados pela partilha do mesmo prefixo, são os que têm um lugar mais próximo do meu coração dilacerado. Não o Schumann a quem já todos os pensamentos desertaram, mas o Schumann, mesmo mesmo antes disso ter acontecido! Uma unha negra antes disso! Ele já adivinha a deserção do seu espírito, já sofre com isso até aos seus vasos mais capilares, despede-se já da sua vida consciente, embrenhando-se pelos coros dos anjos e dos demónios, segura-se, porém, mais uma última vez, não mais possuidor da sua total consciência. Ainda um perscrutar nostálgico mais, o luto pela perda do bem mais precioso: ele próprio. A fase em que ainda se sabe o que em si próprio se perde, antes de renunciar por completo.”

Elfriede Jelinek
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“Se na vida há uma coisa real e divina é a arte - e na arte se há um raio do céu é na música. Na música que nos vibra as cordas da alma, que nos acorda da modorra da existência a alma embotada. Oh! é tão doce sentir a voz vaporosa que trina, que nos enleva - e que parece que nos faz desfalecer, amar, e morrer!”

Álvares de Azevedo
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“Quando Shiva e Shakti se unem no sahasrara, a pessoa experimenta o samadhi, a iluminação ocorre no cérebro e as áreas silenciosas começam a funcionar. Shiva e Shakti permanecem unidos por algum tempo, e durante este período há uma perda total da consciência, pertencente um a outro. Ao mesmo tempo um bindu desenvolve. Bindu significa um ponto, uma gota, e bindu é o substrato de todo o cosmos. Dentro do bindu está a sede da inteligência humana e a sede de toda a criação. Em seguida, bindu se divide em dois, e Shiva e Shakti manifestam-se novamente em dualidade. Quando a ascensão aconteceu, ela foi somente a subida de shakti, mas agora quando a descida acontece, Shiva e Shakti, ambos, descem para os planos grosseiros e há novamente o conhecimento da dualidade. Depois da união total há uma espécie de retorno pelo mesmo caminho da ascensão. A consciência bruta que se tornou refinada, novamente torna-se embrutecida. Este é o conceito da encarnação divina ou avatar.Quando alguém atinge o mais elevado pináculo de samadhi, purusha e prakriti, ou Shiva e Shakti estão em total união e somente advaita existe, a experiência não dual. Ao mesmo temo, quando não há sujeito/objeto mais distinto, é muito difícil para alguém diferenciar. Se ele está falando com um homem ou com uma mulher, ele não sabe, ele não percebe a diferença. Ele pode até mesmo ser associado com pessoas espirituais ou divinas sem estar ciente disto, porque neste momento, sua consciência está reduzida ao nível da inocência de um bebê. Assim, no estado de samadhi, você é um bebê. Um bebê não pode falar da diferença entre um homem e uma mulher porque ele não tem distinção física ou sexual. Ele não pode distinguir um estudioso de um idiota, ele não pode nem mesmo ver qualquer a diferença entre uma serpente e uma corda. Ele pode segurar uma cobra como segura uma cobra. Isso só acontece quando a união está acontecendo.Quando Shiva e Shakti descem para os planos grosseiros, que é o mooladhara chakra, eles se separam e vivem como duas entidades. Há dualidade no mooladhara chakra, há dualidade na mente e sentidos e no mundo de nomes e formas, mas não há dualidade no samadhi. Não há nenhuma vidência ou experiência no estado de samadhi. Não há ninguém para dizer como o samadhi porque ele é uma experiência não-dual.É muito difícil entender por que Shiva e Shakti, ambos, descem para os planos brutos após terem atingindo a mais elevada união. Qual é o objetivo da destruição do mundo e a criação novamente? Qual é o objetivo de transcendência da consciência se você tem de voltar para ele novamente? Por que se preocupar em despertar Kundalini e uni-la com Shiva no sahasrara se você tem de voltar para o mooladhara novamente? Isto é algo muito misterioso e podemos perguntar, "Por despertar Kundalini absolutamente?" Por que construir uma mansão se você sabe que terá de pô-la abaixo quando ela estiver concluída? Na verdade, criamos um monte de coisas que serão destruídas. Então, porque fazê-lo absolutamente? Fazemos muita sadhana para transcender os chakras e ascender da terra para o céu. Então, quando chegamos ao paraíso e nos tornamos um com a grande realidade, de repente decidimos voltar para baixo. E não só, nós trazemos a grande unidade conosco. Seria mais fácil entender se Shakti voltasse sozinha e Shiva permanecesse no céu. Talvez, quando Shakti está prestes a sair, Shiva diga: "Espere, estou indo com você."Quando Shiva e Shakti descem aos níveis mais grosseiros da consciência, há a dualidade novamente. Isso é porque o homem auto-realizado é capaz de compreender a dor e todos os assuntos da vida mundana. Ele compreende todo o drama da dualidade, multiplicidade e diversidade. Às vezes nós, simples mortais, estamos em um dilema para compreender como este homem, como a mais elevada realização, é capaz de lidar com as dualidades sem esperanças da vida.”

Satyananda Saraswati
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