“Liberdade: essa palavra que o sonho humano alimenta:que não há ninguém que explique,e ninguém que não entenda!”
“O problema de eu não confiar em ninguém não é a pessoa ganhar ou não a minha confiânça, eu não confio em ninguém porque não confio na natureza humana mesmo. Somos seres individualistas que em caso de último recurso, trairia e enganaria até mesmo a pessoa que mais credibilidade em você tem.O ser humano é traiçoeiro e eu não confio em ninguém.”
“Missão, Tereza, é uma palavra idiota. Eu não tenho missão. Ninguém tem missão. E é um alívio enorme perceber que somos livres, que não temos missão.”
“Não, a vida nunca foi só a vida, nela há sonhos e fantasias que fazem a realidade ser o que é...”
“Estás só, ninguém o sabe, cale e finge, murmurou estas palavras em outro tempo escritas, e desprezou-as por não exprimirem a solidão, só o dizê-la, também ao silêncio e fingimento, por não serem capazes de mais que dizer, porque elas não são, as palavras, aquilo que declaram, estar só, caro senhor, é muito mais que conseguir dizê-lo e tê-lo dito.”
“Escrever é projectar-se além da Vida,É vencer a morte.Um dia esta virá, de surpresa, ou tardia,Mas uma coisa não levará, não reduzirá a cinzas,E sobre ela a sua álgida mão não terá poder.Ó morte, eu sei que tu me aniquilarás,Mas não destruirás esta páginaem que escrevo o teu nome,O teu nome odiado e cruel.Quantos seres derrubaste em volta de mim!A todos apavoras.Mas outras vidas há que não estão à tua mercê,E essas, que nós criamosCom a música das nossas palavras,Com a febre do nosso espírito,Com a ambição do nosso sonho,Essas - sobreviver-nos-ãoE o teu amplexo não as envolverá.O que fica do artista, para além dele, não te pertence;Basta que nós te pertençamos.”