“O anjo literário - anjo caído, talvez luciferino, mas anjo, no fim de contas - não tem horários fixos, nem momentos planificados. Voa por cima de um infeliz qualquer quando lhe apetece e ponto. Às vezes, esse anjo é perceptível. Às vezes, disfarça-se. Às vezes, o seu voo é tão fugaz e silencioso que nunca ninguém ficou a saber que passou por ali, espargindo palavras mágicas sobre uma qualquer vítima e deixando legiões de futuros leitores na perplexidade absoluta, porém, felizes.”

Eduardo Halfon

Eduardo Halfon - “O anjo literário - anjo caído, talvez...” 1

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“É sabido que o Direito, por força de um processo histórico, por vezes conturbado, se ajusta às realidades surgentes. Por exemplo, o feudalismo teve a sua moral e o seu direito, que correspondiam às circunstancias tecnológicas de então. Mais tarde, a burguesia reagiu contra esse direito e essa moral, espartilhos da sua ambiciosa movimentação.”

Amílcar Amorim
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“No início você briga, chora, faz drama mexicano. Então percebe que é cansativo demais manter esse jeito de levar as coisas. Acostuma-se… Não que pare de doer, mas que cai no seu entendimento que às vezes perdemos algo e não há solução. No fim você coloca um sorriso no rosto e finge que é sincero, até que a vida o faça realmente ser. Talvez os amores eternos sejam amenos e os intensos, passageiros. É isso.”

Caio Fernando Abreu
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“Às vezes a distância não conta, pensou, às vezes reduz-se ao silêncio breve que espaça as batidas de um coração.”

Colleen McCullough
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“Às vezes lhe doía ter deixado com a sua passagem aquele riacho de miséria e às vezes sentia tanta raiva que espetava os dedos nas agulhas,porém mais lhe doía e com mais raiva ficava e mais lhe amargava o fragrante e bichado goiabal de amor que ia arrastando até a morte.”

Gabriel Garcia Marquez
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“O principal é não mentir. Quem mente para si mesmo e dá ouvido à sua própria mentira chega a tal extremo que não consegue ver nenhuma verdade em si ou naqueles que o rodeiam e, por conseguinte, perde completamente o respeito por si e pelos outros. (...) Quem mente a si próprio pode ser o primeiro a ofender-se. Às vezes, é tão agradável uma pessoa se ofender, não é verdade? O indivíduo sabe que ninguém o injuriou, que tudo não passa de simples invenção, que ele próprio mentiu e exagerou apenas para criar um quadro, para fazer de um grão uma montanha - sabe tudo e, no entanto, se ofende. Ofende-se a ponto se sentir prazer na ofensa e, desse modo, atinge o verdadeiro ódio...”

Fiodor Dostoievski
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