“Porque é que fazemos as coisas que fazemos? Porque é que damos tantas vezes cabo das nossas vidas fazendo coisas que na altura parecem fazer sentido apesar de uma vozinha nos murmorar ao ouvido que estamos a cometer um grande erro?”
“Observou a doce ondulação das águas a rebentar na praia. Porque é que o mar sempre em movimento era tão calmante, tão infinitamente sedutor?”
“As coisas que vivem ao pé da morte sentem-nos e vêm ter connosco. Quando somos capazes de ver as coisas que vivem ao pé da morte é porque estamos ao pé dela. É sinal que vamos morrer.”
“Quantas vezes contamos a história da nossa vida? Quantas vezes adaptamos, embelezamos, fazemos cortes matreiros? E, quanto mais a vida avança, menos são os que à nossa volta desafiam o nosso relato, para nos lembrar que a nossa vida não é a nossa vida, é só a história que contámos sobre a nossa vida. Que contámos aos outros mas — principalmente — a nós próprios.”
“No fundo, todos temos necessidade de dizer quem somos e o que é que estamos a fazer e a necessidade de deixar algo feito, porque esta vida não é eterna e deixar coisas feitas pode ser uma forma de eternidade.”
“Um coração destroçado recupera? As pessoas refazem-se da perda do amor da vida delas? Ou o tempo cura tudo porque há mais marés que marinheiros?~2”
“No Ocidente estamos todos mal habituados. É uma das coisas boas que tem vir para a Índia, temos de enfrentar tantas coisas horríveis que desenvolvemos uma certa imunidade em relação a elas.”