“Julgava ela que eu sabia muito, porque sabia coisas que ela ignorava...”
“As pessoas estavam sempre a preparar-se para o futuro. Eu não acreditava nisso. O futuro não se estava a preparar para elas. O futuro nem sabia que elas existiam.”
“Mas ela sabia, lá no fundo ela sabia. Ela tinha sido um recipiente onde o rei tinha despejado a sua angústia e o seu desespero. Estando tão vazia, ela deixara-se encher pelo negrume dele. Para ele, a criança que dava pontapés e que sonhava dentro dela não era mais do que uma semente que ele tinha plantado por engano, uma erva daninha que tinha de ser arrancada”
“O que constitui um enigma é a sua ligação, é o que está entre elas – é o facto de eu ver as coisas no seu devido lugar, precisamente porque elas se eclipsam umas às outras –, é o serem rivais perante o meu olhar, precisamente porque cada uma está no seu lugar.”
“Afinal eu sabia por experiência própria que a vergonha nos força a ter um comportamento esquivo, defensivo, a ocultar e a simular as coisas, inclusivamente a ferir os outros.”
“Ninguem sabia o quanto ela o amava. Amava-o, porque ele a devolvera à vida. Ela vivia como uma lagarta dentro de um casulo, e Jack obrigara-a a sair cá para fora e mostrara-lhe que, afinal, era uma borboleta. (...) acordando o amor que jazia latente no seu coração, teria passado o resto da vida insensível às alegrias e penas do amor.”