“Mar PortuguêsÓ mar salgado, quanto do teu salSão lágrimas de Portugal!Por te cruzarmos, quantas mães choraram,Quantos filhos em vão rezaram!Quantas noivas ficaram por casarPara que fosses nosso, ó mar!Valeu a pena? Tudo vale a penaSe a alma não é pequena.Quem quere passar além do BojadorTem que passar além da dor.Deus ao mar o perigo e o abismo deu,Mas nele é que espelhou o céu.”
“O problema não é um Deus que não existe, mas a religião que O proclama!”
“O mundo está apodrecendo. A Igreja é corrupta e os reis são fracos. Cabe a nós fazer um mundo novo, amado por Deus, mas para fazê-lo temos de destruir o velho. Temos de tomar o poder e depois dar o poder a Deus. É por isso que estamos lutando.”
“Não sou, como disse Goethe, o espírito que nega, mas o espírito que contraria. (...) Porque contrariar actos, por maus que sejam, é estorvar o giro do mundo, que é acção. Mas contrariar ideias é fazer com que se abandonem, e se caia no desalento e de aí no sonho e portanto se pertença ao mundo”
“Sabe qual é o problema? Encontramo-nos na última de três gerações que a História tem o capricho de repetir de quando em quando. A primeira precisa de um Deus, e inventa-o. A segunda ergue templos a esse Deus e tenta imitá-lo. E a terceira utiliza o mármore desses templos para construir prostíbulos onde adorar a sua própria cobiça, a sua luxúria e a sua baixeza. E é assim que aos deuses e aos heróis sucedem sempre, inevitavelmente, os medíocres, os cobardes e os imbecis.”