“Pára, meu coração!Não penses! Deixa o pensar na cabeça!Ó meu Deus, meu Deus, meu Deus!Hoje já não faço anos.Duro.Somam-se-me dias.Serei velho quando o for.Mais nada.Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira!...O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!...”
“(...) deito-me para sofrer menos, refugiada nas lembranças para não ter de tomar decisões na vida, mergulhar no passado para não enfrentar o futuro. Ou para entender o presente? É tão vazio o meu presente. O conflito, por menor que seja, hoje em dia desgasta-me demasiado. Prefiro vegetar.”
“Eu me faço acontecer mas não vale o meu tempo.”
“E se eu te dissesse que ele é um deus?O velho abanou a cabeça. Já não acredito em nada disso. Deixei de acreditar há anos. Onde os homens não conseguem viver, os deuses não têm melhor sorte. Vais ver. É melhor estar sozinho.”
“As crianças, disse Caim, aquelas crianças estavam inocentes, Meu deus, murmurouAbraão e a sua voz foi como um gemido, Sim, será o teu deus, mas não foi o delas.”
“Não importa saber se a gente acredita em Deus: o importante é saber se Deus acredita na gente...”