“A cada instante a existência se reorganiza numa distribuição sempre outra, rumo ao quê? Eu não sei.”
“― Você ficaria se eu dissesse que te amo?― Você me ama?!― Não sei.― Talvez.― Por quê?― Porque se você dissesse e eu conseguisse acreditar, e eu gostaria de acreditar eu diria que sim.― Não.― Não o quê?― Não ficarias.― Eu sei.― Tchau.― Adeus.”
“Eu sempre vivi como se todos soubessem tudo o que eu sei.”
“As palavras pulsam em mim aderindo umas as outras rumo ao pronunciamento.”
“Eu não escolho você, mas eu me permito. Cada instante da tua presença.”
“Nem sempre é na altura de morrermos que a vida inteira nos passa como um clarão diante dos nossos olhos. Essa é a morte física, que não é a única. Para algumas pessoas há um dia em que cada sonho amontoado ao longo dos anos, cada boa intenção, se ergue dentro de si revoltando-se contra a vida que têm vivido. Isto pode suceder no metro, ao volante de um carro, numa ponte olhando para as águas de um rio".”