“A certeza de que eu posso me matar me dá a segurança necessária para eu viver a vida e a sua incerteza.”
“Eu, sacerdote, me ofereço de corpo e mente em devoção ao texto, divindade, sonhando um dia chegar a dignidade necessária para que ele, em reivindicação, venha e me possua.”
“Entre mim e a vida há um vidro ténue. Por mais nitidamente que eu veja e compreenda a vida, eu não lhe posso tocar.”
“Se te queres matar, porque não te queres matar?Ah, aproveita! que eu, que tanto amo a morte e a vida,Se ousasse matar-me, também me mataria...Ah, se ousares, ousa!”
“Eu sacrifiquei uma vida inteira de possibilidades e oportunidades para que você viesse à vida.”
“é esse teu velho álbum de fotografias, que tanta vez me explicaste por saberes que eu conhecia já a vertigem do tempo e me legaste depois «para o guardar» e eu tenho agora aqui na minha frente como o espectro das eras e das gentes que já mal sei e me fitam ainda do lado de lá da vida e me querem falar sem poderem e me angustiam como o olhar humano do Mondego dias antes de o António o matar.”