“A máquina social esmaga o cidadão, gargareja o suco gástrico e o cospe na face da próxima vítima.”

Filipe Russo

Filipe Russo - “A máquina social esmaga o cidadão...” 1

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“Tomemos um exemplo: o eleitor que não quer votar com o Governo. Ei-lo, aí, junto da urna da oposição, com o seu voto hostil na mão, inchado do seu direito. Se, para o obrigar a votar com o Governo o empurrarem às coronhadas e às cacetadas, o homem volta-se, puxa de uma pistola – e aí temos a guerra civil. Para que esta brutalidade obsoleta? Não o espanquem, mas, pelo contrário, acompanhem-no ao café ou à taberna, conforme estejamos no campo ou na cidade, paguem-lhe bebidas generosamente, perguntem-lhe pelos pequerruchos, metamlhe uma placa de cinco tos-tões na mão e levem-no pelo braço, de cigarro na boca, trauteando o Hino, até junto da urna do Governo, vaso do Poder, taça da Felicidade! Tal é a tradição humana, doce, civilizada, hábil, que faz com que se possa tiranizar um País, com o aplauso do cidadão e em nome da Liberdade.”

Eça de Queirós
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“As lágrimas que não saem depositam-se no coração, com o passar do tempo vão formando uma crosta e paralizam-no, como o calcário se encrosta e paraliza as engrenagens da máquina de lavar.”

Susana Tamaro
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“Dona Laura, ao ver a casa encher-se de bocas - e pressentido que isso de golpes de Estado era coisa para levar o seu tempo -, apressou-se, de faca e alguidar, em direcção às capoeiras, donde regressou com as duas primeiras vítimas da revolução. E ainda não tinha soado as duas da tarde quando, num exercício ostensivo de poder, como se quisesse deixar bem claro o que quer que estivesse a acontecer no País, ali em casa tudo permanecia na mesma, desligou o rádio e a televisão, abriu as portadas que davam para o jardim e anunciou que a canja estava na mesa.”

João Ricardo Pedro
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“O homen nunca pode parar de sonhar. O sonho e o alimento da alma, como a comida e o alimento do corpo.”

Paulo Coelho
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“Tinha um velho que morreu agarrando o pinto, acho que ficou com medo da morte, o pobrezinho, tanto medo e na hora do medo agarrou o pinto. Foi enterrado assim.”

lygia fagundes telles
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