“A morte? Momento em que a matéria de tão enlouquecida sofre um primeiro e último surto de lucidez suicidando-se.”

Filipe Russo

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“O comandante olhou Fermina Darza e viu em suas pestanas os primeiros lampejos de um orvalho de inverno. Depois olhou Florentino Ariza, seu domínio invencível, e se assustou com a suspeita tardia de que é a vida, mais que a morte, a que não tem limites”

Gabriel Garcia Marquez
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“Dizem todos, e os poetas juram e tresjuram, que o verdadeiro amor é o primeiro: temos estudado a matéria, e acreditamos hoje que não há que fiar em poetas: chegamos por nossas investigações à conclusão de que o verdadeiro amor, ou são todos ou é um só, e neste caso não é o primeiro, é o último. O último é que é o verdadeiro, porque é o único que não muda.”

Manuel Antônio de Almeida
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“ (…) Senti saudades, não do passado, mas dum futuro qualquer, tão longe, tão lá no fundo, tão sonho, tecido apenas de pequenas coisas doces, num mundo menos pesado de cadáveres, sem outro heroísmo que não fosse o de vivermos teimosamente todos os dias e, sobretudo, sem a horrível morte colectiva a substituir a boa, a individual, a sagrada morte de cada um. (…)Assim cogitei toda a tarde, no oitavo dia do mês de Maio de mil novecentos e quarenta e cinco, data em que findou a segunda guerra mundial, no meio de vivas e de bandeiras de triunfo, e em que tentei, em vão, resignar-me ao mundo dos outros e às montras de enchidos de porco, - sem estrelas reflectidas nos vidros.”

José Gomes Ferreira
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“Existem momentos em que somos sociais, disponíveis; e existem momentos em que somos individuais. No café detestam que eu leve livros e os leia, e que escreva. Aceitam e gostam de alguém que leva um jornal e lê durante horas, sentado. É uma questão de não se sentirem estúpidos, mas são estúpidos.”

Gonçalo M. Tavares
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“Agora compreendo o que se procurava primeiro que tudo em nossos dias, quando se procurava mestres de virtude. O que se procurava era um bom sono, e para isso virtudes coroadas de dormideiras. Para todos estes sábios catedráticos, tão ponderados, a sabedoria era dormir sem sonhar: não conheciam melhor sentido da vida. [...] Bem-aventurados tais dormentes porque não tardarão a dormir de todo.”

Friedrich Nietzsche
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