“Ao te ler eu me atualizo, com um beijo me informo da tua situação tão precária quanto a minha.”
“Eu te teci através do meu desejo para me cobrir em braços e abraços, me selar com um beijo.”
“No uivo da tua carne eu ouço o da minha.”
“Onde é que dói na minha vida,para que eu me sinta tão mal?quem foi que me deixou feridade ferimento tão mortal?Eu parei diante da paisagem:e levava uma flor na mão.Eu parei diante da paisagemprocurando um nome de imagempara dar à minha canção.Nunca existiu sonho tão purocomo o da minha timidez.Nunca existiu sonho tão puro,nem também destino tão durocomo o que para mim se fez.Estou caída num vale aberto,entre serras que não têm fim.Estou caída num vale aberto:nunca ninguém passará perto,nem terá notícias de mim.Eu sinto que não tarda a morte,e só há por mim esta flor;eu sinto que não tarda a mortee não sei como é que suportetanta solidão sem pavor.E sofro mais ouvindo um rioque ao longe canta pelo chão,que deve ser límpido e frio,mas sem dó nem recordação,como a voz cujo murmúriomorrerá com o meu coração...”
“Fiquei ali, com o corpo moído e doído, as lágrimas correndo pelo meu rosto, às vezes chegando aos meus lábios, me fazendo sentir seu gosto salgado. Em minha cabeça, eu tinha apenas fantasias. Um monte de situações imaginárias em que eu acabava com meu pai, em que eu fazia que nem se faz com um inseto asqueroso.”
“Ao degustar a tua atenção eu me regenero.”