“Com ou sem compania eu continuo minha dança morfocromática bailando a ressurreição do mundo.”
“sem a posse do eu que está no céu, não sei que fazer da minha infância.”
“Eu rejo o mundo com sortilégio.”
“Quantas vezes troquei de pele? Quantos exoesqueletos abandonei pelo caminho? Quantos clones siameses de mim em mim eu sacrifiquei em nome de minha sobrevivência?! Eu durmo com fantasmas e acordo com sombras, o que aconteceu volta em frases ou pesadelos.”
“O tempo faz com que deixe de haver diferenças entre a verdade e a mentira. Aquilo que aconteceu mistura-se com aquilo que eu quero que tenha acontecido e com aquilo que me contaram que aconteceu. A minha memória não é minha. A minha memória sou eu distorcido pelo tempo e misturado comigo próprio: com o meu medo, com a minha culpa, com o meu arrependimento.”
“Mas isso tudo é falso, é maquinal,Sem vida, como um círculo ou um quadrado,Com essa perfeição do fabricado,Sem o ritmo do vivo e do real!”