“Com ou sem compania eu continuo minha dança morfocromática bailando a ressurreição do mundo.”
“Eu rejo o mundo com sortilégio.”
“Quantas vezes troquei de pele? Quantos exoesqueletos abandonei pelo caminho? Quantos clones siameses de mim em mim eu sacrifiquei em nome de minha sobrevivência?! Eu durmo com fantasmas e acordo com sombras, o que aconteceu volta em frases ou pesadelos.”
“Na vida a injustiça me arruína, na arte eu faço justiça com as minhas próprias mãos.”
“E nas lembranças falsas eu continuo a procura através do sonho, nu entre raízes corcundas e folhas desidratadas vestindo apenas meias demasiado confortáveis para garantir segurança perante as intempéries do mundo.”
“Devido a minha memória excepcional eu convivo com meu passado inteiro, vivo logo após o que aconteceu num lapso espacial e temporal, eu vi tudo o que ocorreu a tanto tempo hoje de manhã sem esforço nem intenção entre um pão na chapa e suco de laranja.”
“Com o contorno das letras eu acorrento o mundo e seus habitantes.”