“Como eu posso ter vergonha de ser uma coisa que eu não tenho como não sê-la? Como eu posso ter orgulho?! Sai pra lá, Exu.”
“– Eu não tenho culpa de como você se sente.– Nem eu.”
“Ninguém nunca se sentiu como eu me senti pois o que eu senti foi feito de mim por mim pra mim.”
“Eu gosto de algo o máximo que posso, eu desprezo algo o mínimo que preciso.”
“Não existe um era para ter acontecido e nem o que aconteceu eu sei direito.”
“Levei meu aparelho digestivo para a assistência técnica, lá me disseram que a validade já venceu, eu então apelei pro tráfico de órgãos onde comprei dois pelo preço de um, posso enfim voltar a engolir as porcarias com as quais antes eu me engasgava por não fazer parte do esquema.”
“Eu afundo sobre meu próprio peso como sílabas que não se sustentam mais na atmosfera, espatifando-se em silêncio.”