“De olhos fechados me jogo no mundo esfregando minha pele nua no que existe, o que se incrusta através de meu toque magnético passa a compor meu exoesqueleto cosmogeopsicológico.”
“Esqueci de despistar o desaforo: ele me seguiu até dentro de casa, com olhos redondos, com seu focinho protuberante puxa a barra da minha calça, cutuca meu joelho e amarrota meu sossego.”
“A luz dos meus olhos se foi, saltitando de poça em poça até o meu fosso mais sombrio.”
“Quantas vezes troquei de pele? Quantos exoesqueletos abandonei pelo caminho? Quantos clones siameses de mim em mim eu sacrifiquei em nome de minha sobrevivência?! Eu durmo com fantasmas e acordo com sombras, o que aconteceu volta em frases ou pesadelos.”
“― Não sei o que fazer por você, meu amor. Mas saiba que tenho tentado de tudo.”
“Meu momento já passou. Bem na frente dos meus olhos. Agregando-se as minhas partículas.”
“Salvo minha pele do mundo numa salva de aplausos.”