“Desfio as fibras de meu coração para diluir o coágulo e gota a gota caem pela folha em pontuação e de esguicho em esguicho se preenche os vãos da oração.”
“Desfiando-me em radiação cósmica de fundo, você abduz minha atenção gota a gota sem se eximir de um suspiro sequer.”
“Já atingi minha cota de sofrimento, esvaziei gota a gota meu reservatório de lágrimas e desde então respondo aos campos minados por desconforto com um mais que obeso não.”
“Entre uma caverna de Platão e outra as vozes se degradam em sons desconexos ou criptografados e escamoteados pela radiação de fundo.”
“Eu vivia à base de fotossíntese: arrancava o néctar dos teus lábios aos beijos e captava o brilho atencioso do teu olhar para em meu coração adivinhar um morno amor de um empuxo que me mantinha suspenso sobre o próprio cataclisma.”
“Quando uma camionete vermelha me atropelou o pé meu corpo gritou uma dor capaz de paralisar o tempo aglutinando-o em coágulos de sangue.”
“Um amor fabricado pela minha infância, da ingenuidade à inocência, ainda reside em meu coração qual micronutriente em quantidade adequada fluindo pela corrente sanguínea a cumprir função orgânica.”