“Escrevo por tantas as razões quanto as de porque vivo, as invento o tempo todo só para me deliciar.”
“(...) Eu consegui variar a existência - mas variá-la quotidianamente. Eu não tenho só tudo quanto existe - percebe? - ; eu tenho também tudo quanto não existe. (Aliás, apenas o que não existe é belo.) Eu vivo horas que nunca ninguém viveu, horas feitas por mim, sentimentos criados por mim, voluptuosidades só minhas - e viajo em países longínquos, em nações misteriosas que existem para mim, não porque as descobrisse, mas porque as edifiquei. Porque eu edifico tudo. Um dia hei-de mesmo erguer o ideal - não obtê-lo, muito mais: construí-lo. E já o entrevejo fantástico... e todo esguio... todo esguio... a extinguir-se em altura azul... (...)De resto, é evidente, faltam-me as palavras para lhe exprimir as coisas maravilhosas que não existem... Ah! O ideal... o ideal... Vou sonhá-lo este noite... Porque é sonhando que eu vivo tudo. Compreende? Eu dominei os sonhos. Sonho o que quero. Vivo o que quero.”
“Creio que perdemos a imortalidade porque a resistência à morte não evoluiu; seus aperfeiçoamentos insistem na ideia primitiva, rudimentar, de manter vivo todo o corpo. Só se deveria procurar conservar o que interessa para a consciência.”
“Francamente – porque pensam que eu escrevo? Para incomodar o maior número de pessoas, com o máximo de inteligência. Por narcisismo, que é um facto civilizador.”
“Nunca fui uma mulher de relações de uma noite só. Quero ter a certeza, se dormir contigo, de que o faço porque queres passar algum tempo comigo e porque gostas de mim por quem eu sou e não pelo que sou.”
“Depois que Nate entrou em minha vida, eu só me pergunto pelo que não tem resposta. Quanto de tempo pode caber numa despedida? E quanto de saudade?”