“Eu abomino a exposição repetitiva e/ou prolongada à pele de indivíduos com os quais não desenvolvi intimidade prévia alguma.”
“Quantas vezes troquei de pele? Quantos exoesqueletos abandonei pelo caminho? Quantos clones siameses de mim em mim eu sacrifiquei em nome de minha sobrevivência?! Eu durmo com fantasmas e acordo com sombras, o que aconteceu volta em frases ou pesadelos.”
“E com a pele? Eu movo meus cílios para vir e ver a realidade.”
“Eu gotejo em lágrimas não de tristeza ou alegria e sim de intensidade.”
“Eu não dormi de ontem pra hoje, vivo vidrado e à espera.”
“Eu, o eterno judeu abomino mutilação genital não voluntária.”
“Entre eu e eu sempre um espelho se desdobrando em labirinto, reflexos de mim por todos os lados; abstratificado eu fluo, fruo, ou?”