“Eu, corpo celeste, atravesso o cosmos em rota de colisão com o, o cataclisma que me forjou e me esquartejou pelos confins da galáxia.”
“― É com o corpo que tu me amas?― E eu tenho outro objeto com o qual te amar?!― Assim eu gamo.”
“O princípio eu intuí e o resto eu adivinhei com o corpo.”
“Uma parte de ti eu já conhecia dos meus sonhos e o restante eu adivinhei com o corpo.”
“Quantas vezes troquei de pele? Quantos exoesqueletos abandonei pelo caminho? Quantos clones siameses de mim em mim eu sacrifiquei em nome de minha sobrevivência?! Eu durmo com fantasmas e acordo com sombras, o que aconteceu volta em frases ou pesadelos.”
“Eu vivia à base de fotossíntese: arrancava o néctar dos teus lábios aos beijos e captava o brilho atencioso do teu olhar para em meu coração adivinhar um morno amor de um empuxo que me mantinha suspenso sobre o próprio cataclisma.”
“Eu perfumo a palavra com o sabor dos teus sorrisos escorrendo pelo meu corpo.”