“Eu me banhei na violência como os vampiros se afogam em sangue.”
“Eu afundo sobre meu próprio peso como sílabas que não se sustentam mais na atmosfera, espatifando-se em silêncio.”
“Em poucos minutos chegaram os socorristas ao seu destino, souberam-no quando ainda nem tinham tocado nos corpos, o sangue por cima do qual se iam arrastando era como um mensageiro que lhes tivesse vindo dizer Eu era a vida, atrás de mim já não há nada.”
“Entre eu e eu sempre um espelho se desdobrando em labirinto, reflexos de mim por todos os lados; abstratificado eu fluo, fruo, ou?”
“Se eu não for a minha própria epopeia, terei vivido em vão. (...) Se em todos os meus versos não houver timbres da eternidade, terei desperdiçado o tempo dos Deuses em mim.”
“Disseram-me que não se pode quebrar um coração a alguém que o já tem partido. E eu pensei, pode. Podemos sempre partir os bocadinhos do coração em bocadinhos mais pequenos, amachucar ainda mais o que nos resta, como se nos tirassem o último sopro de vida.”