“Eu me recuso a muita coisa; e assim eu atinjo um estado de pureza violenta, pureza violentamente violentada e violentadora.”
“25/12/48É muito provável que ao lembrar-me disso, um dia, eu ache muita graça. Assim como houve um tempo em que eu era religiosa de um modo neurótico e aterrorizado e achava que um dia seria católica, agora acho que tenho tendências lésbicas (com que relutância escrevo isto) –”
“Lembro-me de outro, um rapaz novo em estado terminal : se nos aproximávamos tirava um pente do bolso do pijama e compunha o cabelo.(…)Se lhe dissesse isto não acreditava: desde quando um camponês é melhor que um doutor? Tínhamos a mesma idade, mais coisa menos coisa. A diferença é que você era um homem e eu um palerma de bata. Não tenho bata há muito.”
“Eu concedera-lhe um pequeno nicho, exactamente um nicho, que era importante para mim, que me dava algo e pelo qual eu fazia alguma coisa, mas não um lugar na minha vida.”
“O último poemaAssim eu quereria o meu último poema.Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionaisQue fosse ardente como um soluço sem lágrimasQue tivesse a beleza das flores quase sem perfumeA pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidosA paixão dos suicidas que se matam sem explicação.”
“De beleza estoica e estática a beleza poética e fluída eu escrevo um tecido holográfico.”