“Eu não desejo favores nem serventia; eu desejo contato; contato com o outro, atrito abrasivo onde nos despedaçamos numa solução corrosiva dos nossos problemas.”
“O que existe ao entrar em contato comigo se abstratifica, eu ao entrar em contato com o que existe me eviscero.”
“O desejo me revoluciona. Mesmo que eu não consiga, mesmo que eu desista.”
“Ao invés de passar o dia atrás de condizer com as ficções sociais eu satisfaço os meus próprios desejos: dos menos alheios até mesmo aos mais carnais.”
“O desejo que se encolhia aos meus pés me subiu à cabeça, agora eu não paro de palpitar.”
“Entre eu e você o mundo entardece, obscurecido pelo desejo. Entre eu e você corpos evisceram, transtornados pelo desejo. Entre eu e você mais que diálogo, conjulgação; nós, dois vetores do desejo em um só, um só plasma inerte, entrópico e universal.”
“Mas quem eu ainda nem sou já me chama, me seduzindo com vislumbres de um outro que não consigo nem pronunciar muito menos decifrar.”