“Eu vou te beijar tanto até você morrer entre meus lábios.”
“Uma vez eu conheci uma garota, ela guardava neve na geladeira para não estragar.”
“-Para onde é que vai o Kurika quando morrer, perguntou-me certo dia a minha filha, depois de um dos ataques do cão.-Para onde vamos todos nós.-Mas para onde?-Talvez o Kurika saiba. Eu não”
“sómente direi que em duas noites que aqui estivemos surtos, nos não davamos por seguros dos lagartos, baldas, peixes e serpentes que de dia tinhamos visto, porque erão tantos os uivos, os assopros c os roncos, e na praia os rinchos dos cavaltos marinhos, que eu me não atrevo a podêl-o declarar com palavras.”
“Estava eu a dizer ao António que o cão não passa este inverno - declarou meu pai - para ele era uma sorte se morresse.- Não morre! - disse eu, aflito.Mas Tomás aproximara-se também:Que é que tu esperas do cão? Viveu, tem de morrer.Não havia ali, porém, uma acusação. Havia só o reconhecimento de uma evidência serena. Mas justamente para mim o que era evidente não era a morte, era a vida. Como podia o cão morrer? Como podia morrer a sua pessoa?”