“Eu, sacerdote, me ofereço de corpo e mente em devoção ao texto, divindade, sonhando um dia chegar a dignidade necessária para que ele, em reivindicação, venha e me possua.”
“A certeza de que eu posso me matar me dá a segurança necessária para eu viver a vida e a sua incerteza.”
“Eu me consumi em chamas em devoção à literatura em troca de quê? Tudo.”
“Eu vivia à base de fotossíntese: arrancava o néctar dos teus lábios aos beijos e captava o brilho atencioso do teu olhar para em meu coração adivinhar um morno amor de um empuxo que me mantinha suspenso sobre o próprio cataclisma.”
“Eu, corpo celeste, atravesso o cosmos em rota de colisão com o, o cataclisma que me forjou e me esquartejou pelos confins da galáxia.”
“Entre eu e você o mundo entardece, obscurecido pelo desejo. Entre eu e você corpos evisceram, transtornados pelo desejo. Entre eu e você mais que diálogo, conjulgação; nós, dois vetores do desejo em um só, um só plasma inerte, entrópico e universal.”
“Eu te teci através do meu desejo para me cobrir em braços e abraços, me selar com um beijo.”