“Eu utilizo a própria tessitura do multiverso para emendar meu coração despedaçado enquanto minhas tatuagens sangram o transbordar da dor.”
“Porquinho-da-ÍndiaQuando eu tinha seis anosGanhei um porquinho-da-índia.Que dor de coração me davaPorque o bichinho só queria estar debaixo do fogão!Levava ele prá salaPra os lugares mais bonitos mais limpinhosEle não gostava:Queria era estar debaixo do fogão.Não fazia caso nenhum das minhas ternurinhas . . .— O meu porquinho-da-índia foi minha primeira namorada.”
“És o meu sopro, a minha vida, o meu coração”
“Na margem do rio Piedra... Eu me sentei e chorei.Conta a lenda que tudo que cai nas águas deste rio - as folhas, os insetos, as penas das aves - se transforma nas pedras do seu leito.Ah, quem dera eu pudesse arrancar o coração do meu peito e atira-lo na correnteza, e então não haveria mais dor, nem saudade, nem lembranças.Ás margens do rio Piedra eu me sentei e chorei.O frio do inverno fez com que eu sentisse as lágrimas em meu rosto, e elas se misturaram com as aguas geladas que correm diante de mim.Em algum lugar este rio se junta com outro, depois com outro, até que - distante dos meus olhos e do meu coração - todas estas águas se misturam com o mar.Que as minhas lágrimas corram assim para bem longe, para que meu amor nunca saiba que um dia chorei por ele. Que minhas lágrimas corram para bem longe, e então eu esquecerei do rio Piedra, do mosteiro, da igreja nos Pirineus, da bruma, dos caminhos que percorremos juntos.Eu esquecerei as estradas, as montanhas, e os campos de meus sonhos - sonhos que eram meus, e que eu não conhecia.”
“O meu sentimento é cinzaDa minha imaginação,E eu deixo cair a cinzaNo cinzeiro da Razão.”
“Tenho uma doença que está além do alcance da medicina; mesmo meu bom amigo Graham não tem cura para ela. Assim que eu chegar em terra, vou querer partir de novo. Meu lar é o navio. Minha pátria é o mar.”