“Guardo na chuva premonições as quais o vento, correnteza de vozes sussurra a meus ouvidos.”
“Ao abrir os olhos já tô todo acordandinho sentindo a brisa acariciar meu volume e o vento, correnteza de vozes me traz notícias tuas.”
“Hoje eu acordei cheio de vozes nos ouvidos.”
“Mas mesmo assim escrevo cartas de amor, grito pedidos de socorro, envio para o espaço sideral meu desespero humano na esperança de chegar aos ouvidos e mãos de quem me entenda.”
“Na ausência de necessidades fisiológicas arranjei um pomar de instantes pelos quais me debruçar e entardeci.”
“Lavando a louça, estendendo a roupa, fazendo o almoço; puxando o vestido de mamãe para falar-lhe ao ouvido.”
“O vidente evidencia a vida em visões e meus olhos se cegaram para as verdades menores e apenas o supersônico das microfraturas me guia na escuridão forjatriz.”