“Minha crosta epitelial arranca a tua por abrasão, nosso plasma ricocheteia pelas veias em claustrofobia quântica, emparelhados nós nunca vamos a lugar algum sem levar o coração do outro bem apertado dentro do bolso.”
“Em algum lugar teu coração bate por mimEm algum lugar teus olhos se fecham à idéia dos meus.”
“O inferno escorre pelas minhas veias.”
“Claro que estamos em guerra, e é guerra de sítio, cada um de nós cerca o outro e é cercado por ele, queremos deitar abaixo os muros do outro e continuar com os nossos, o amor será não haver mais barreiras, o amor é o fim do cerco.”
“Escoltado por olhos de nada amigos, pela tua presença impressa na minha eu prossigo em passos firmes e decididos.”
“Perguntamo-nos o que viemos cá fazer, que lágrima foi que guardámos para verter aqui, e porquê, se as não chorámos em tempo próprio, talvez por ter sido então menor a dor que o espanto, só depois é que ela veio, surda, como se todo o corpo fosse um único músculo pisado por dentro, sem nódoa negra que de nós mostrasse o lugar do luto.”