“Nada me fez acontecer, eu possibilito eu mesmo e o resto se realiza sozinho por entropia e inércia.”
“O princípio eu intuí e o resto eu adivinhei com o corpo.”
“Por te falar eu te assustarei e te perderei? mas se eu não falar eu me perderei, e por me perder eu te perderia.”
“Compreendo o senhor, disse Marco Antonio Guerra. Quero dizer, se não me engano, creio que o compreendo. O senhor é como eu e eu sou como o senhor. Não estamos à vontade. Vivemos num ambiente que nos asfixia. Fazemos como se não acontecesse nada, mas acontece sim. O que acontece? Nos asfixiamos, caralho. O senhor se desafoga como pode.”
“― Você ficaria se eu dissesse que te amo?― Você me ama?!― Não sei.― Talvez.― Por quê?― Porque se você dissesse e eu conseguisse acreditar, e eu gostaria de acreditar eu diria que sim.― Não.― Não o quê?― Não ficarias.― Eu sei.― Tchau.― Adeus.”
“Quase nada acontece neste lugar, como se tivéssemos sido esquecidos e entregues à moléstia. Se eu tivesse aqui o meu laptop, quando o desligasse nem aparecia aquela frase do «a guardar actualizações recentes».”