“No amplo silêncio do meu olhar bailam fragmentos cinéticos de mim cintilando em sincronia.”
“Sigo fragmentos cinéticos de mim, estilhaços que desenvolveram ideais e sentimentos próprios.”
“Eu giro em todos sentidos e direções, mas ao atravessar determinado meio a matéria do mesmo esquarteja-me retendo fragmentos cinéticos de mim e com o pescoço travado pela polarização eu mal consigo olhar pros meus irmãos capturados enquanto rumo adiante ou individuo-me múltiplas vezes para vias distintas em função de alguma arbitrariedade discriminante qualquer.”
“Uma névoa de melancolia me permeia enquanto um silêncio sísmico pulsa em mim emitindo maremotos de choque anafilático.”
“Eu me senti tão sozinho no mundo a ponto de esculpir em mim meu equivalente.”
“Antes de nos florescer em palavras eu perfumo esta carta de amor até a flor da pele, à espera somente do teu consentimento apaixonado: o brilho atencioso do teu olhar que me iluminará, me iluminará todo por dentro até eu te despetalar em mim.”
“Novidades brotam em mim arranhando a face interna de meu rosto e caso eu não as exorcize via escritura irromperão em tentáculos através de minha boca e narinas, pálpebras e orelhas.”