“No amplo silêncio do meu olhar bailam fragmentos cinéticos de mim cintilando em sincronia.”
“Sigo fragmentos cinéticos de mim, estilhaços que desenvolveram ideais e sentimentos próprios.”
“Eu giro em todos sentidos e direções, mas ao atravessar determinado meio a matéria do mesmo esquarteja-me retendo fragmentos cinéticos de mim e com o pescoço travado pela polarização eu mal consigo olhar pros meus irmãos capturados enquanto rumo adiante ou individuo-me múltiplas vezes para vias distintas em função de alguma arbitrariedade discriminante qualquer.”
“Uma névoa de melancolia me permeia enquanto um silêncio sísmico pulsa em mim emitindo maremotos de choque anafilático.”
“Eu me senti tão sozinho no mundo a ponto de esculpir em mim meu equivalente.”
“Não tem um olhar para mim: coisa cruel; um olhar terno ter-me-ia tornado feliz até amanhã de manhã. Esse olhar, não quis ele conceder-mo; foi-se embora. É estranho que a dor quase me sufoque por o olhar de um ser humano não ter encontrado o meu.”