“No encaracolar do teu cabelo eu me cubro por inteiro, no teu bumbum eu deito o rosto e durmo.”
“Como eu te amo (e portanto eu amo-te, sua tola, tal como o mar ama um minúsculo seixo no seu fundo, é exactamente assim que te cubro com o meu amor - e oxalá seja também um seixo ao teu lado, se o céu o permitir), amo o mundo inteiro, a que pertence também o ombro esquerdo, não primeiro era o ombro direito e, por isso, beijo-o quando isso me dá prazer (e tu tens a amabilidade de despir aí a blusa), o ombro esquerdo está também incluído e o teu rosto debaixo de mim no bosque e o repousar no teu peito quase desnudado. E por isso tens razão quando dizes que já fomos um único ser, e não tenho nenhum medo disso, pelo contrário, é a minha única felicidade e o meu único orgulho e não o restrinjo de modo nenhum ao bosque.”
“Vingativo? Eu gostaria de comer o teu rosto a dentadas enquanto tu gritas até enlouquecer.”
“Eu estrangulo o teu tormento.”
“Sem o teu amor eu necrosei.”
“Antes de nos florescer em palavras eu perfumo esta carta de amor até a flor da pele, à espera somente do teu consentimento apaixonado: o brilho atencioso do teu olhar que me iluminará, me iluminará todo por dentro até eu te despetalar em mim.”