“Novidades brotam em mim arranhando a face interna de meu rosto e caso eu não as exorcize via escritura irromperão em tentáculos através de minha boca e narinas, pálpebras e orelhas.”
“E antes de enlouquecer de vez a tua face brande em brasas através de mim. E eu, eu te amei.”
“Em meu labirinto de espelhos tudo reluz minha imagem e tom.”
“Quantas vezes troquei de pele? Quantos exoesqueletos abandonei pelo caminho? Quantos clones siameses de mim em mim eu sacrifiquei em nome de minha sobrevivência?! Eu durmo com fantasmas e acordo com sombras, o que aconteceu volta em frases ou pesadelos.”
“Eu gotejo em lágrimas não de tristeza ou alegria e sim de intensidade.”
“Eu te teci através do meu desejo para me cobrir em braços e abraços, me selar com um beijo.”
“Eu giro em todos sentidos e direções, mas ao atravessar determinado meio a matéria do mesmo esquarteja-me retendo fragmentos cinéticos de mim e com o pescoço travado pela polarização eu mal consigo olhar pros meus irmãos capturados enquanto rumo adiante ou individuo-me múltiplas vezes para vias distintas em função de alguma arbitrariedade discriminante qualquer.”