“O inferno escorre pelas minhas veias.”
“Minha crosta epitelial arranca a tua por abrasão, nosso plasma ricocheteia pelas veias em claustrofobia quântica, emparelhados nós nunca vamos a lugar algum sem levar o coração do outro bem apertado dentro do bolso.”
“Uma lágrima ousou escorrer por entre uma das rugas, vales erodidos pela roda dentada do tempo que tem talhado minha face desde idade tenra.”
“Quem uivará minha vitória neste inferno?”
“Ao receber elogios melhoro minha autoestima pela vaidade, ao produzir obras melhoro minha autoestima pelo orgulho.”
“Meus músculos se aquecem através duma dor enrijecedora retraindo-se; travados e trancafiados, contraídos e contrariados; paredões repletos de orifícios e saliências por onde escorre, goteja e se empoça o morno das minhas lágrimas.”