“O que aconteceu ao se fazer catorze anos? Eu, eu entardeci.”
“Se você tiver alguma coisa do meu passado me manda, eu coleciono o que me aconteceu.”
“O que existe ao entrar em contato comigo se abstratifica, eu ao entrar em contato com o que existe me eviscero.”
“Eu cangrito um tridente de estridências triturante a trazer de volta o que se eu pensar muito eu sinto, o que se eu sentir muito eu encontro.”
“O que eu quero é que o leitor, quando se encontrar com um livro meu, quando o ler e chegar ao final, possa dizer: conheci a pessoa que escreveu isto. Embora não defenda um confessionalismo na literatura, me interessa dizer: aqui estou eu, e isto é o que eu penso, isto é o que eu sinto.”
“O tempo faz com que deixe de haver diferenças entre a verdade e a mentira. Aquilo que aconteceu mistura-se com aquilo que eu quero que tenha acontecido e com aquilo que me contaram que aconteceu. A minha memória não é minha. A minha memória sou eu distorcido pelo tempo e misturado comigo próprio: com o meu medo, com a minha culpa, com o meu arrependimento.”