“Quando ganho beijo na bochecha escrevo, quando ganho tapa na cara escrevo e quando não ganho nada ou perco tudo eu ainda assim escrevo.”
“Quando eu escrevo eu busco você à espera do meu contorno, à procura do meu preenchimento; tudo o quanto eu tento.”
“Fiquei só, na pura actividade de poder; ainda bem que não estou sempre a ________, senão rapidamente chegaria à morte; quando escrevo, o tempo retrai-se com violência, involui num único instante, e o ardil da pedra surge.”
“Quando leio transformo livro em fichamentos, quando escrevo transformo fichamentos em livro.”
“Não escrevo uma história, eu escrevo um tecido holográfico; do qual tudo emerge, até mesmo uma história.”
“Escrevo por não ter nada a fazer no mundo: sobrei e não há lugar para mim na terra dos homens. Escrevo porque sou um desesperado e estou cansado, não suporto mais a rotina de me ser e se não fosse a sempre novidade que é escrever, eu me morreria simbolicamente todos os dias. (A hora da estrela)”