“Quantos enfeites para celebrar a vida? Ou mascarar a morte?! Eu desenho com ousadia a exata quantidade necessária pro meu peito sossegar.”
“A anos estou resvalando neste labirinto de corpos nus sem o morno do teu amor pro meu peito sossegar.”
“A morte tem que estar tapada, pois só assim a podemos olhar, tapada com muita terra para a esquecermos e voltarmos a acreditar que ela não existe. É preciso esquecê-la, tapá-la com terra, pazadas de terra, ou então com a vida. Sim, a vida. A vida é que nos faz esquecer a morte.”
“A certeza de que eu posso me matar me dá a segurança necessária para eu viver a vida e a sua incerteza.”
“Nunca escrevi uma história ou romance com o intuito de simplesmente enviar uma mensagem política direta, tal como ‘parem de construir assentamentos nos territórios ocupados’ ou ‘reconheçam o direito dos palestinos a Jerusalém Oriental’. Nunca escrevo um romance alegórico a fim de dizer a meu povo ou a meu governo para fazer isso ou aquilo. Para isso, utilizo meus artigos. Se há uma mensagem metapolítica em meus romances, é sempre uma mensagem, de uma maneira ou de outra, de um compromisso, compromisso doloroso, e da necessidade de escolher a vida em lugar da morte, a imperfeição da vida em lugar das perfeições da morte gloriosa. p. 98/9.”
“Se as pessoas começarem a parar por um momento para olhar paras os casos como o meu, ou, simplesmente para a sua própria vida com olhos de ver, talvez comecem a relativizar os seus próprios problemas e possam perceber o que de facto vale a pena na vida.”