“Se você tiver alguma coisa do meu passado me manda, eu coleciono o que me aconteceu.”
“O tempo faz com que deixe de haver diferenças entre a verdade e a mentira. Aquilo que aconteceu mistura-se com aquilo que eu quero que tenha acontecido e com aquilo que me contaram que aconteceu. A minha memória não é minha. A minha memória sou eu distorcido pelo tempo e misturado comigo próprio: com o meu medo, com a minha culpa, com o meu arrependimento.”
“De onde vem a história? Da plebe. A quem se dirige? Á plebe. É o discurso que ele lhe faz muito parecido com o do demagogo: ninguém é maior do que vocês" diz este "e aquele que tiver a presunção de querer ser superior a vocês - vocês que são bons - é malvado"; e o historiador, que é seu duplo, o imita: "nenhum passado é maior do que seu presente e tudo o que na história pode se apresentar com ar de grandeza, meu saber meticuloso lhes mostrará a pequenez, a crueldade, e a infelicidade".”
“O meu nome diz o que devo ser, o que devo pensar, o que devo falar. Meu nome é uma gaiola em que estou preso. Mas se, ao acordar, eu tiver me esquecido do meu nome, terei esquecido também de tudo que se espera de mim. Se nada se espera de mim, estou livre para ser aquilo que nunca fui. Começarei a viver minha vida a partir de mim mesmo e não a partir do nome que me deram e pelo qual sou conhecido.”
“Queria tanto que alguém me amasse por alguma coisa que eu escrevi.”
“O que aconteceu ao se fazer catorze anos? Eu, eu entardeci.”