“Todo dia sopro e sopro nos teus lábios tentando uma respiração boca-a-boca que te traga à vida, mas nada te acordas, bela adormecida, estancada estais no torpor da matéria bruta.”
“Eu estive sepultado, mumificado, conservado nas catacumbas da linguagem; a esperar o sopro de graça que me devolvesse à vida.”
“Numerado e etiquetado, ou seja, catalogado eu reorganizo a loucura da matéria bruta.”
“Sedento por fruir o néctar dos teus lábios beijo-te e cada encontro me satisfaz, pouco antes de me esfomear ainda mais.”
“Nos teus lábios eu opero análise funcional.”
“Eu sacrifiquei uma vida inteira de possibilidades e oportunidades para que você viesse à vida.”
“Eu esquecerei tudo no dia que eu te encontrar, o agente adormecido que há em mim despertará pra te receber e eu deixarei de existir.”