“Uma parte de ti eu já conhecia dos meus sonhos e o restante eu adivinhei com o corpo.”
“O princípio eu intuí e o resto eu adivinhei com o corpo.”
“― É com o corpo que tu me amas?― E eu tenho outro objeto com o qual te amar?!― Assim eu gamo.”
“Eu perfumo a palavra com o sabor dos teus sorrisos escorrendo pelo meu corpo.”
“Na margem do rio Piedra... Eu me sentei e chorei.Conta a lenda que tudo que cai nas águas deste rio - as folhas, os insetos, as penas das aves - se transforma nas pedras do seu leito.Ah, quem dera eu pudesse arrancar o coração do meu peito e atira-lo na correnteza, e então não haveria mais dor, nem saudade, nem lembranças.Ás margens do rio Piedra eu me sentei e chorei.O frio do inverno fez com que eu sentisse as lágrimas em meu rosto, e elas se misturaram com as aguas geladas que correm diante de mim.Em algum lugar este rio se junta com outro, depois com outro, até que - distante dos meus olhos e do meu coração - todas estas águas se misturam com o mar.Que as minhas lágrimas corram assim para bem longe, para que meu amor nunca saiba que um dia chorei por ele. Que minhas lágrimas corram para bem longe, e então eu esquecerei do rio Piedra, do mosteiro, da igreja nos Pirineus, da bruma, dos caminhos que percorremos juntos.Eu esquecerei as estradas, as montanhas, e os campos de meus sonhos - sonhos que eram meus, e que eu não conhecia.”
“De repente, senti como se a terra estivesse escorregando debaixo de mim e o céu estava expandindo e recuando. Algum momento depois eu experenciei uma força terrível que brotava da base do meu corpo como uma explosão atômica. Eu senti que eu estava vibrando muito rápido, as correntes de luzes eram terríveis. Eu experenciei a suprema bem aventurança, como o clímax do desejo de um homem, e isso continuou por longo tempo. Todo o meu corpo estava se contraindo, até que o sentimento de prazer tornou-se bastante insuportável e eu perdi completamente a consciência de meu corpo.”